segunda-feira, 28 de março de 2011

Weizenbock 2 - PXTO n° 8


Dos 7 estilos diferentes que fiz até agora, vou repetir cada um deles. Agora melhorando alguns aspectos que achei necessário para eliminar eventuais falhas.
Neste sábado fiz a segunda leva da Weizenbock. Como gostei muito da primeira preferi apenas modificar a rampa de brassagem para torná-la um pouco mais encorpada e adicionar mais lúpulo para equilibrar com o corpo.
Aqueci a água em 48 °C e coloquei o malte. Continuei o aquecimento até 55 °C e mantive assim por mais 20 min. Depois 68 °C por 60 min. e mash out com 10 min. em 78 °C.
Usei um mix de malte de Trigo com Trigo Munich. O trigo munich é mais escuro e com um leve sabor de torrado – bem leve mesmo. Só percebo que ele é menos doce que o trigo convencional.
Trigo munich, Caraaroma, Vienna e Trigo.
 Para amargor usei o Halleartauer Perle, acho que seu tom picante cai muito bem em numa Weizenbock.

3,0 kg malte trigo
0,8 kg trigo munich
1,80 kg Vienna
0,80 kg Munich Malt
0,40 kg Caraaroma
15 g Halleartauer Perle 60 min.
7 g Hallertauer Teradittion 40 min.
5 g Hallertauer Teradittion 15 min.

WB – 06 para fazer o milagre da transformação.

            Não tive muita paciência para fazer a lavagem, 30 min nessa etapa parece uma eternidade, mas no final a OG bateu. Sei que não é o ideal pois pode comprometer a eficiência, mas prometo me educar na próxima.
Mosto no meio da lavagem
             Por fim fervura intensa por 60 min.
Fervura nervosa !!!
             Logo nas primeiras duas horas de fermentação a levedura ficou louca. Atividade total.
           A fermentação vai ficar por conta da temperatura ambiente mesmo. A banana deve ficar nítida como manda o figurino. Aqui deve estar fazendo uns 20 graus na sombra, então vai dar tudo certo.
             Agora é esperar e ver o resultado.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Degustação em Joaçaba - SC


  











  
   Meio com atraso mas saiu o post.
   Fizemos uma degustação com 10 estilos de cervejas elaboradas por 3 exímios cervejeiros (Eu, Fabricio e Cristiano). Faltou o Edson mas ele vem na próxima.

    O Ernesto nos cedeu uma mesa no seu estabelecimento - Intervinhos -, que diga-se de passagem reúne uma carta invejável de cervejas e vinhos.
   Pra resumir, sem entrar em detalhes técnicos, posso dizer que todos nós estamos no caminho certo.
   Todas as cervejas ficaram excelentes e muito melhor que algumas comerciais que estamos acostumados.
   Deu para perceber que nós temos estilos diferente um do outro na hora de fazer a Breja. Mais lupulada, mais encorpada ou mais alcoólica. As cervejas ficaram com a marca registrada dos donos.
   Independente do gosto de cada um de nós, todas elas merecem um brinde.
   Pra fechar a conta provamos uma La Trappe Bock. 

   Boazinha também !!!

domingo, 13 de março de 2011

PXTO n° 4 - Brow Porter


          
  Das 8 brassagens que fiz a Brown Portes foi a única que não merece modificações futuras. Gosto muito do estilo e sem querer acertei a mão nesta leva.
Quem provou acha que é uma cerveja comercial sem rótulo e com uma tampinha sem marca.
            Se os comentários eram para me agradar conseguiram. Fiquei convencido o suficiente para postar essa minha experiência bem sucedida.
            A receita foi bem estudada de modo a não ter um sabor muito forte de malte torrado. Por isso uma quantidade modesta de malte chocolate acrescida de maltes caramelo.
            Aqui vai o segredo:
3,50 kg Pilsner
0,70 kg Munich
0,30 kg Melanoidina
0,25 kg Caraamber
0,20 kg Carahell
0,16 kg Chocolate
9 g de Columbus a 60 min
7 g de Saaz a 40 min
5 g de Sazz a 15 min
As rampas foram estimadas sem nenhum critério especial, apenas buscando a completa conversão do amido. 50 °C por 10 min; 65 °C por 60 min; 72 °C por 10 min e por fim Mash out em 78 °C por 10 min.
A eficiência como sempre bateu nos 72 %.
Em 4 dias consegui a completa atenuação. O S-33 fez um trabalho bem feito.
A cerveja ficou bem equilibrada e com um sabor bem limpo. Os 18 de IBU ficaram perfeitos na relação entre os maltes. Bem leve e com um retrogosto de torrado, não fez o sabor sutil de lúpulo desaparecer.
Gostei muito da mistura entre o Columbus e Saaz. Vou até fazer uma mais bombada no IBU usando estes dois só pra ver o que vai dar.
Uma coisa é certa, pra Brown Porter essa vai ser minha receita padrão.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carbonatação da Oktoberfest


            Depois de 30 dias parei a maturação e resolvi testar a carbonatação forçada.
            Coloquei 10 litros no Post Mix e os outros 10 litros engarrafei com priming mesmo. Quero ver se vai ter diferença de sabor entre os dois métodos.
            No priming usei 7,2 g/l de açúcar refinado. Fiz uma solução com água de modo a colocar 10 ml em cada long neck.
            Para o Post Mix usei uma pressão de 0,85 kgf/cm2 para um volume de CO 2 na cerveja de 2,7 l. Usei o site http://hbd.org/cgi-bin/recipator/recipator/carbonation.html?11375875#tag para o cálculo da pressão a ser utilizada. 
            O método é simples: Duas ou três vezes por dia dar uma calibrada no CO 2 de forma a manter esta pressão até o momento em que ela estabilizar.
            Pelo que andei pesquisando uns 4 dias é suficiente. Dá até para agilizar um pouco balançando o barril, no entanto dizem que não é aconselhável.
            Para quem esperou 45 dias, uns dias a mais não faz diferença.
            No final ela ficou assim:
                           
       
             O aroma levemente maltado equilibrou com o sabor dos maltes Viena e Munich. Ficou como eu gostaria. O IBU ficou na medida e os lúpulos que escolhi ficaram bem discretos.
             Mas a carbonatação... Não gostei. Achei baixa. Não deu aquela sensação refrescante. Conversei com algumas pessoas mais experientes e acho que realmente eu deveria ter carbonatado com mais pressão. No mínimo 1,5  kgf/cm2 de CO 2 na próxima vez.
            Tá certo que é a carbonatação indicada para o estilo, mas  acredito que é melhor fazer algo ao nosso gosto que ficar se amarrando em características de estilos.
              Mas deu boa !!! Foi uma das mais saborosas que fiz até agora.