Após mais de um ano sem escrever nada... Eis que ressurge das cinzas.
Não que a atividade cervejeira tenha parado. Pelo contrário. Foram 8 brassagens com muita coisa nova.
São tantas informações e troca de experiências que você acaba por inventar mais do que pode beber.
De maneira resumida, nesses últimos meses foquei em três pontos: Rampa de brassagem, resfriamento e fermentação.
1 - temperatura de brassagem: Muitas rampas são indicadas e com teorias mil. Testei várias. No final cheguei a conclusão de que uma pequena parada proteica, 60 min. em 66 - 68 ⁰C , e um mash-out, é o suficiente para uma mostura que vai te dar uma cerveja bem equilibrada e com boa atenuação.
Chega de neura em controlar a terceira casa decimal com medo de que a temperatura passe de 67 para 68. Dado nossas condições de controle, não é isso que vai fazer sua brassagem dar errado.
2 - resfriamento: Eu sempre usei chiller de imersão (serpentina de cobre) e nunca tive problema algum. Já com o chiller dentro da panela eu fazia o whirlpool e o mosto ia para 28 graus em cerca de 40 minutos.
Mas devido a curiosidade e tudo o que lemos por ai, migrei para o chiller de placas. A esperança era de que todo o processo se fizesse em poucos minutos.
Até que o resfriamento em si é bem rápido e eficiente. Em pouco mais de 20 minutos o mosto vai de 100 ⁰C
para 25 ⁰C. Mas o processo de limpeza do chiller para evitar problemas de contaminação futuros faz com que o tempo total fique no mesmo.
Mas sempre tem alguma coisa a se melhorar e pretendo otimizar essa etapa com algumas modificações no set-up.
3- fermentação: Certa vez li em uma pesquisa quais eram as prioridades de investimento que um Homebrew deveria ter. A maioria disse que o controle de temperatura durante a fermentação deve ser o foco. Como essa etapa já estava resolvido para mim, resolvi me aventurar no mundo do fermento líquido.
Várias cepas, com várias característica de aroma e sabor fazem nossas cervejas sempre serem novidade. No final das contas conclui que vale a pena usar o fermento liquido. Agora com certa facilidade de adquirir White Labs, Bio 4 e Wyeast, fica menos arriscado comprar a cepa que melhor se adequa ao estilo de cerveja que você quer fazer.
Mas uma coisa eu aprendi: Um bom starter é fundamental. Sem ele o uso de fermento líquido é brincar com a sorte. É ele que vai garantir o número de células viáveis ideal para uma completa atenuação do seu mosto.
Sofri no começo com starter mal feito. Mas agora eu sei, sem ele é melhor usar as leveduras secas.
Agora que tenho esses três pontos já bem resolvidos, vou focar em algo que não se compra: Paciência e foco na meta.
Nada de querer que tudo fique pronto em 3 semanas. Se o mosto ainda não atenuou, fazer o que... esperar é a solução. Meu tempo médio de fermentação nas últimas levas foram de 2 semanas contra 5 a 6 dias desde que iniciei. Vale a pena ter paciência em todas as etapas.
Quase esqueci, FOCO. Chega de inventar receitas e estilos mirabolantes. Foram 27 receitas diferentes "na busca pela batida perfeita". Agora vou focar numa receita que me agrada até ficar como eu gosto.
Só depois passo pra outra.
Não sei se acrescentei algo, mas pelo menos não saio do ar por inatividade.